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Seminário Imagem e Conhecimento

Seminário Imagem e conhecimento: perspectivas de pesquisa nos campos da antropologia e arqueologia

Com Aina Azevedo, Carlos Xavier Netto, Marcos Carvalho e Patrícia Pinheiro

Organização: João de Mendonça, Oswaldo Giovannini Jr. e Glauco Machado

QUANDO: dia 24 de abril (segunda-feira), às 9:30 às 16:30 (duração total 6h), inscrições no local

ONDE: Rio Tinto – Sala de exibição ARANDU (capacidade 30 lugares)

Como as imagens participam da produção de conhecimento nos campos da antropologia e arqueologia? Este Seminário procura fomentar a reflexão sobre os usos das imagens e suas conceituações em diferentes “sub-campos” e modalidades. Tem por objetivo perceber as complexidades e problemáticas levantadas pelo uso das imagens a partir de experiências de pesquisadores oriundos de formações diversas, de maneira a discutir possíveis articulações sejam elas teóricas, metodológicas, epistemológicas, estéticas, etc. Quer-se, dessa maneira, trazer elementos para estimular concepções mais abrangentes e qualificadas acerca do uso de imagens nas pesquisas desenvolvidas entre nós.

Iniciativa associada à linha de pesquisa “Imagem, artes e performances” do PPGA em parceria com o Laboratório de Antropologia Visual ARANDU e o grupo de pesquisa AVAEDOC/CNPq (Antropologia Visual, Artes, Etnografias e Documentários).

Aina Azevedo

Mestra e doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília e pós-doutora pela University of Aberdeen, atualmente é professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba.  Em sua mais recente pesquisa dedicou-se ao estudo do desenho como metodologia e forma de exposição do conhecimento na antropologia, além de ter produzido um artigo em forma de ensaio gráfico.

Desenho e antropologia

Atualmente ocorre o que Ballard denomina de “virada gráfica”, quando diversos antropólogos passam a desenhar e expor seus desenhos em suas pesquisas. Essa novidade, entretanto, remonta a uma prática, a um só tempo, bastante comum nos primórdios da antropologia e pouco conhecido (ou reconhecida) pelos antropólogos do presente. Com esse pano de fundo, esta apresentação busca recuperar partes da história que relaciona desenho e antropologia, bem como os regimes de visualidade que a acompanham, culminando com uma apreciação do estado da arte dessa relação no presente. Além de localizar o desenho como metodologia e forma de exposição do conhecimento na antropologia, busco mostrar as nuances do “conhecer por meio do fazer” que o desenho nos traz.

Carlos Xavier Netto

Arqueólogo, mestre em Antropologia da Arte e doutor em Ciência da Informação pela UFRJ, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, docente do PPGA e do PPGCI (UFPB) e coordenador do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional – NDIHR (UFPB). Desenvolve pesquisas com os seguintes temas: memória e patrimônio cultural material, teoria da representação, patrimônio arqueológico, arte rupestre, preservação e digitalização do patrimônio arqueológico, interseção patrimônio e informação.

Grafismos rupestres no Cariri Paraibano

Como conceber o estudo das imagens formadas pelos grafismos pré-históricos na Paraíba? As pesquisas arqueológicas que são realizadas no espaço do Cariri Paraibanos pelo NDIHR podem ser delimitadas por três pontos, que seguem: 1.  A questão da produção dos grafismos rupestres, suas técnicas, estilísticas e composições; 2.  Os espaços de ocorrência sobre a rocha, os ambientes de ocorrência e sua distribuição; 3.  As relações entre diferentes tipos de evidências, os grafismos rupestres, os materiais líticos e cerâmicos, e os restos diretos (sepultamentos) com os devidos acompanhamentos.

Marcos Carvalho

Cientista social, mestre em Saúde Coletiva pelo IMS/UERJ, doutor em Antropologia pelo Museu Nacional/UFRJ, e atualmente pós-doutorando pelo PPGA/UFPB. Áreas de atuação: ciência, tecnologia, corpo, saúde, redes sóciotécnicas e práticas de conhecimento.

Tecnologias de visualização corporal: sobre a produção, circulação e efeitos de imagens médico-científicas

A apresentação tem como principal objetivo abordar as técnicas de imageamento corporal de um ponto de vista histórico e sócio-antropológico. Desde a segunda metade do século XIX, com a popularização da fotografia e dos Raios X, proliferou-se pelo mundo uma série de imagens tecnocientíficas do corpo humano, em um movimento crescente que se radicalizou e expandiu com o desenvolvimento mais recente de outras tecnologias de visualização, tais como o ultrassom, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada, entre outras. O advento da era digital e sua subsequente apropriação pelos saberes-fazeres biomédicos também fez com que tal processo ganhasse ainda novas facetas, multiplicando exponencialmente a (re)produção e circulação de tais imagens por meio de softwares e modelagens gráficas. Sendo assim, busca-se apresentar introdutoriamente o potencial da abordagem antropológica e etnográfica das tecnologias médicas de visualização – tendo em vista sua capacidade de deslocar e produzir novas concepções sobre corpo, pessoa, saúde e terapêutica.

Patrícia Pinheiro

Doutora em Ciências Sociais pelo CPDA/UFRRJ e mestre em Desenvolvimento Rural pelo PGDR/UFRGS. Realizou pós-doutorado no PPGAnt/UFPEL e atualmente é pós-doutoranda no PPGA/UFPB. Atua nos seguintes temas: processos identitários, políticas públicas, agroecologia, conflitos socioambientais, memória, etnicidade e relações interétnicas.

Pesquisa, ensino e extensão com o uso de imagens no extremo sul brasileiro

Com o propósito de refletir sobre o percurso suscitado pelas imagens no trabalho etnográfico, a apresentação percorrerá projetos realizados em áreas rurais da região de Pelotas, RS, em especial a pesquisa “Saberes e Sabores da Colônia” e o projeto de extensão “Histórias de Quilombo”. Nestes trabalhos está presente um rural em que proximidade e distância convivem entre os grupos que habitam a colônia, constituindo imbricadas relações interétnicas. Com o desafio de buscar de algum modo contemplar esta complexidade, sujeita a dinâmicas e transformações, recorreu-se às imagens como catalisadoras de um processo de construção contínua da pesquisa, com ênfase para a restituição dos registros imagéticos e seus desdobramentos. As reflexões sobre essas interações encontram relação com a perspectiva de Fabian (2006) de coetaneidade, na qual o autor argumenta em favor de uma reflexão sobre o compartilhamento do tempo para uma prática etnográfica entre sujeitos.


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